Amieiro (Alnus glutinosa)

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• Origem: Autóctone
• Floração: Janeiro | Fevereiro | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro
• Descrição:

  O amieiro é uma árvore de folha caduca, de porte médio, que pode atingir os 25 metros de altura. Raramente ultrapassa os 120 anos de idade. A sua copa cónica é pouco densa e a sua casca é cinzenta-parda. As suas folhas são obovadas, com a margem serrada. Quando os amieiros são jovens, as folhas e os gomos são viscosos, tal como o seu nome glutinosa sugere. Os frutos surgem no outono e são ovoides, muito viscosos, castanhos-violáceos. É uma espécie com flores masculinas e femininas na mesma planta, possuindo amentilhos (flores masculinas).

  Cresce em bosques húmidos ou pantanosos e em margens de cursos de água. Quando o amieiro é a árvore dominante do bosque ripícola, este denomina-se amial.
  O amieiro é uma árvore espontânea em Portugal e pode ser encontrado por todo o país, predominando na região Norte e Centro.

  Os amieiros formam simbioses com bactérias fixadoras de azoto atmosférico, através da formação de nodosidades das raízes. Esta relação origina na envolvência da árvore, um solo rico em azoto, permitindo que cresça em solos pobres, quase sem matéria orgânica. As suas raízes impedem a erosão das margens dos cursos de água, fixando o terreno. Adicionalmente, possuem variadas propriedades medicinais, para além de serem produzidos a partir da sua casca pigmentos usados no tingimento de tecidos e a partir da sua madeira guitarras, pelas suas propriedades acústicas, e mobiliário.