Musgo-sinal-da-casca-das-árvores

Musgo-sinal da casca das árvores Sematophyllum substrumulosum (Hampe) E.Britton

  • Onde me podes visitar: Parque Biológico
  • Origem: Autóctone
  • Descrição:

    Este musgo pleurocárpico, com crescimento prostrado, forma manchas compactas e brilhantes, de cor dourada-esverdeada, até 3-5 cm de diâmetro.
    Os caulóides, pequenos caules, são espaçados e irregularmente ramificados e os filídeos, pequenas folhas, têm uma ponta longa e amarelada, em forma de uma ponta de lança. A nervura dos filídeos é ausente ou muito curta.


    Este musgo coloniza rapidamente novas áreas adequadas para a sua sobrevivência, porque produz cápsulas frequentemente, visíveis no final do Verão, onde se formam esporos muito pequenos (12 μm) que viajam de árvore em árvore ou de floresta em floresta, facilmente transportados pelo vento.


    Cresce preferencialmente nos troncos de árvores, sobretudo em cascas de árvore deterioradas ou apodrecidas e ácidas. É comum encontrar esta espécie nas bases de troncos velhos, nas partes de casca destacada de troncos e tocos de árvores deixados a apodrecer no chão da floresta.
    No Parque Biológico é possível observá-lo em troncos de árvores.


    É uma espécie que prefere climas húmidos, com invernos em que a temperatura não atinge valores muito baixos, com distribuição conhecida em ilhas e territórios do Sul da Europa, incluindo a zona Oeste da Península Ibérica, algumas ilhas da Macaronésia e na Sicília, em florestas muito húmidas de baixa altitude.

    No entanto, com a mudança climática e alteração massiva das florestas registada nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, é agora conhecida em França e nas Ilhas Britânicas, em locais onde nunca tinha sido avistada pelos especialistas briólogos - botânicos que estudam as briófitas, grupo que inclui os musgos. Esta pequena planta é mais uma das espécies em adaptação e em viagem em direção ao Norte do planeta, à procura de um local adequado ao seu crescimento e reprodução. Apesar de não se tratar de uma espécie facilmente registável ou notada pela maior parte dos cidadãos-cientistas, é mais um sinal de que todo o planeta está em constante e rápida mudança.

     


    Texto: Cristiana Vieira (MHNC-UP) e Helena Hespanhol (InBIO-CIBIO-UP). Foto: Cristiana Vieira.
    Fonte - Revista «Parques e Vida Selvagem» n.º 53.

     

 

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