Nas regiões em que predomina a pastorícia, a lã é um recurso inestimável para o fabrico de vestuário.
A transformação da lã em peças desse teor passa por várias fases.
A tosquia é normalmente feita em maio ou junho, dependendo do calor se fazer sentir mais cedo ou mais tarde. A tosquia artesanal consiste no corte da lã aos animais com o auxílio de uma tesoura.
Depois de tosquiada, a lã é muito bem lavada, com água tépida e sabão, e posta a secar em local apropriado.
A seguir é carpiada, tarefa que consiste em desfazer os nós nela existentes e eventualmente retirar algumas impurezas.
Posteriormente é cardada, ou seja, desenriçada, com as cardas (instrumento com pegas munido de arames curtos e finos). Para facilitar esta tarefa pode-se borrifar a lã com um pouco de azeite antes de a colocar nas cardas.
À medida que vai sendo cardada é colocada uma sobre a outra.
Segue-se a fiação. Com o auxílio do fuso a lã é transformada em fio. À lã já fiada e enrolada na parte mais larga do fuso dá-se o nome de maçaroca, que é depois dobada em novelos. Na fiação da Iã, regra geral, não se utiliza a roca.
Vem depois a urdidura que consiste em preparar os fios para dispor no tear. A urdidura é preparada num aparelho especial, que consiste numa armação de prumos, a uma distância de 3 a 4 metros onde estão fixos tornos nos quais passam os fios.
Feita a urdidura, monta-se no tear e procede-se à tecelagem, utilizando para o efeito também lã.
No Parque Biológico a atividade associada ao ciclo da lã permite participar na tosquia das ovelhas de raça Bordaleira, na lavagem e preparação da lã para fiação e tecelagem. O objetivo da recriação artesanal do ciclo da lã no Parque Biológico é a valorização da cultura regional, passando o testemunho às novas gerações.
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