Este musgo predominantemente saxícola (que significa “amante de rocha”) é muito característico e fácil de distinguir com uma observação atenta.
O seu nome comum deve-se ao facto de esta espécie ter uma textura sedosa e dos seus tufos se alastrarem e recobrirem densamente as rochas ou o cimento dos muros, paredes e lajes. Apesar disto, também é possível encontrá-lo sobre os troncos e ramos de muitas árvores, especialmente nas com mais idade.
Quando os tufos estão secos têm uma cor amarela-acastanhada, especialmente dourada. Os caulóides (órgãos análogos a caules) crescem em várias direções e estão fortemente aderentes ao substrato por numerosos rizóides (órgãos análogos a raízes). Os pequenos ramos (com menos de 1 cm) ficam arqueados e enrolados quando secos, com os filídeos (órgãos análogos a folhas) muito justapostos e fechados. Os filídeos apresentam 2.5-3 mm de comprimento e são em forma de lança muito aguçada. Assim que chove ou orvalha, os ramos e filídeos rapidamente se abrem e estendem, ficando os tufos com uma aparência muito mais densa e fofa e de uma cor mais esverdeada e menos dourada.
As cápsulas (órgãos onde se formam os esporos envolvidos na reprodução sexual) têm 2-3 mm de comprimento e são cilíndricas.
Apesar do seu tamanho relativamente pequeno, os seus tufos podem atingir dezenas de centímetros. Por outro lado, sendo uma espécie perene, pode estar viva e presente durante mais de 10 anos sem nunca desaparecer nem morrer desde que as condições favoráveis ao seu crescimento se mantenham. Tal como acontece com outras espécies de musgo, esta espécie era colhida para pôr no presépio, mas também foi outrora usada para calafetar paredes e impedir a entrada do frio nas casas do Norte da Europa.
É uma espécie cosmopolita nas zonas de clima temperado a fresco (zona holártica do Globo terrestre), presente na Europa e Norte de África. Em Portugal, é uma espécie frequente um pouco por todo o país. No Parque Biológico de Gaia pode ser facilmente observada em todos os muros e em alguns troncos de carvalhos e freixos.
Texto: Cristiana Vieira e Helena Hespanhol. Foto: Sónia Ferreira (CIBIO-UP).
Fonte - Revista «Parques e Vida Selvagem» n.º 41.
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