O Centro Interpretativo do Património da Afurada acolheu até 28 de março de 2018 a exposição «Objectivamente Afurada», de João Alves.

Se, de facto, a Afurada é linda", deve-o sobretudo às suas gentes. Povo de labuta e garra! De fé, mas também guerreiros e irreverentes. A proximidade à Foz do rio Douro marca-lhe o perfil. A pesca está na sua génese e marca indelevelmente os rostos dos(as) afuradenses. As vagas, as marés, o sol e o frio, as lutas constantes trocadas com aquele que amam e que lhes dá sustento, marcam-lhes o corpo, mas igualmente o espirito. Que melhor e mais apetecível tema precisaria?
É uma honra e um privilégio poder, de uma forma humilde e desprendida, homenagear esta terra e, sobretudo, os homens e mulheres que aqui vivem e mantêm, apesar de tudo, uma cultura própria muito vincada só ao alcance de gente singular e autêntica.

BIOGRAFIA - João Alves nasceu em 1987, em Macinhata da Seixa, distrito de Aveiro. Enquanto adolescente nunca teve grande admiração nem fascínio pela fotografia. As insistências do seu pai e o facto de frequentar um meio propício ao desenvolvimento de uma veia artística foram fatores fundamentais para que a sua aproximação ao meio se fosse, progressivamente, concretizando. Em 2005, enquanto aluno do Instituto Multimédia do Porto, recebeu uma menção honrosa num concurso interno de fotografia. No seu trajeto de "definição criativa" frequentou em 2012 o Curso de Fotografia Digital ministrado pelo Instituto Português de Fotografia do Porto (IPF) ao qual se seguiram diversos workshops, concursos e formações no mesmo âmbito. Depois foi um processo que se foi desenrolando e aprofundando que originou que a relação ganhasse contornos de intimidade. Fusão, direi mesmo (máquina/homem). Foi o início de uma relação — com a fotografia — que espera se mantenha por muitos anos. Desenvolve a atividade de fotógrafo como freelancer e esta foi a sua primeira exposição pública.